quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Adeus ano jovem. Porque passou tão rápido que nem deu tempo de envelhecer...

Por comum que seja, lá vai: 2007 passou muito rápido! Ainda mais levando em consideração todas as coisas diferentes que aconteceram. No mesmo ano, comprei e vendi meu primeiro carro, entrei e saí do meu primeiro emprego/estágio (aliás, me faz muita falta...) fui duas vezes pro Rio de Janeiro, me mudei pra Europa, e por aí vai. Sem falar nas coisas que aconteceram aqui, do tipo esquiar pela primeira vez ou aprender o alfabeto cirílico - aquele usado em idiomas eslavos, como Russo ou Búlgaro. Mas isso é outro assunto!

E pra não fugir dos acontecimentos improváveis, começo a sessão de fotos com uma surpresa: não é que trouxeram a Taça do Mundo pra expor aqui em Como?!? Aparentemente, cada jogador da seleção italiana leva a exposição pra sua cidade natal, e Como entrou no jogo por causa do Zambrotta. É claro que eu só tomei conhecimento da existência desse indivíduo por causa da exposição. E lá fui eu. Um pouco de última hora, mas até que deu certo. Vejam:


Até que é simpática! Nunca pensei que fosse vê-la assim tão de perto. O dito cujo Zambrotta aparece no poster ao fundo.

Deixando o inusitado pra trás, vamos ao que interessa. O movimentado fim de ano, tão esperado e celebrado. Pra mim talvez mais do que pra outros, porque é também a época do meu aniversário. Aliás, descobri um pior que o meu: o aniversário do Eduardo (o mexicano) é dia 01 de janeiro. Todo mundo de ressaca...

Pra começar, logo antes do meu aniversário viajei pra Alemanha. E assim dei mais um passo em direção ao desbravamento da Europa! Destino: Frankfurt, o bilhete aéreo mais barato! Com razão, porque não tem muito pra ver na cidade, que serve principalmente de conexão pra vários países (um dos maiores aeroportos da Europa). Eis:


Ah, finalmente cheguei na Europa! Pessoas muito educadas, cidade muito limpa e meios de transporte funcionando perfeitamente!


Esse é o Rio Meno (ou no original Main). Tudo bem cuidado e limpo!


O antigo e o moderno. Como muitas cidades européias, Frankfurt foi destruída durante a guerra e posteriormente reconstruída, por isso é bem moderna. Mas ainda são visíveis os traços antigos, como a arquitetura tradicional alemã nas casas, pontes e igrejas.


O dia estava muito bonito. Pra mim essa é uma foto digna de atlas! Ao fundo a catedral (Kaiserdom) de São Bartholomeu, que é uma das maiores que eu já vi.


Mais uma igreja à beira do Meno.


Eu e mais dois do grupo (4 ao total), Daniel e Alejandra.


Ah, agora sim cheguei na Alemanha...
Römerberg: 6 casas reconstruídas após a guerra, mantendo a arquitetura típica alemã.


A catedral de São Bartholomeu. A torre é muito alta!


O interior da catedral. Provavelmente a mais bonita que eu já vi, porque o sacro assustador dá lugar ao sacro alegre, começando pela cor.


Obviamente, não poderia faltar um órgão gigante.


Vista do observatório da Maintower. No centro, o Deutsche Bank.


Outra vista da Maintower: a parte central da cidade ao longo do rio Meno, e o topo do prédio do Commerzbank.


A cidade tem várias áreas verdes. Esse parque é bem simpático, e tem um laguinho que estava congelado. Ao fundo dá pra ver a lua acima do que eu acredito que seja o hotel Hilton.


A água do laguinho congelou com várias coisas dentro. Achei bem legal essa folha congelada bem perto da superfície.


O touro e o urso, em frente à bolsa de valores de Frankfurt. Não tive tempo de pesquisar, mas acho que tem a ver com o touro de Wall Street...


No final do dia, no centro da cidade. Me lembrou um pouco a Time Square. Mas só um pouco, claro! =D

Isso tudo foi só um dia. Frankfurt acabou sendo só uma base, de onde saímos para conhecer várias outras cidades alemãs. Não que eu não tivesse interesse em ver a casa de Goethe, mas sendo minha primeira vez na Alemanha eu precisava de algo mais. Começamos por uma cidadezinha super simpática chamada Heidelberg, que tinha até um castelo. Vejam:


Logo na saída da estação de trem, já se vê o prédio de uma empresa chamada Heidelberg (que produz equipamentos para empresas que fazem publicações). O prédio é muito interessante. Tem uma fachada transparente, e no interior algo como dois cilindros metálicos. Tem até centro de visitação e lojinha de souvenir. Na porta tem essa obra de arte que não sei porquê me lembra Dom Quixote.


O dia estava muito frio e o céu bastante encoberto. Tinha bastante neve, e a temperatura máxima foi -4 graus! Haja frio! E tudo branquinho...


Viajar na época de natal é o máximo. Apesar do frio, tem sempre um mercado de rua de natal, e as ruas ficam enfeitadas e cheias de gente!


Nem sabia que tinha Hard Rock Café nessa cidade...


Já isso eu sabia que tinha! O famoso Bratwurst. É mais ou menos como um hot-dog. E a bebida também é típica: Glühwein, vinho quente com canela. Muito bom!


Depois de almoçar, hora de ir ao castelo... Aqui o castelo visto da cidade.


E aqui a cidade vista do castelo!


Isso foi o máximo de sol que a gente teve.


O grupo todo nos jardins do castelo. Eu, Juliana, Daniel e Alejandra.


O castelo na verdade é uma mistura, do Gótico ao Renascentista. Talvez porque é composto de um castelo novo, construído sobre as ruínas de um antigo castelo medieval. Essas são as ruínas.


E esse é o castelo novo, que serviu de residência oficial aos nobres em alguma época...


Aqui dá pra ver o fosso do castelo original. Mais uma vez, me lembra os filmes medievais.


Parte dos jardins do castelo, com as ruínas ao fundo.


Surpresa: existe um museu da farmácia, e ele fica num prédio anexo ao castelo, onde também já foi um convento. Essa é uma miniatura de uma farmácia antiga.


No final do dia, hora de ir embora. Mas não sem antes comer mais um doce. Esse é um tipo de waffle com Nutella. Hmmm! Eu diria que o que a Itália tem de massa a Alemanha tem de doces. Um melhor que o outro!

No segundo dia, decidimos ir pra Köln, ou Cologne, ou Colônia. Muitas horas no trem, mas valeu a pena!


A estação de trem fica ao lado da catedral. Essa também é bem grande, dá pra ver de longe quando o trem se aproxima da cidade.


A fachada da catedral.


Prédio decorado na praça em frente à catedral. Ao lado fica o centro de informações turísticas, no topo do qual havia uma banda tocando músicas natalinas (ou não). Juntamente com a banda, duas tochas de fogo acompanhavam a melodia da música.

Vou colocar o vídeo:




Mais uma vez, feirinha de natal! Bem ao lado da catedral.


As feirinhas de natal são bem agradáveis. Mas os doces, são maravilhosos! Eu tinha acabado de comprar amêndoas (aquelas com caramelo), e as meninas compraram algum outro doce.


No final do giro pela cidade paramos no museu do chocolate. Não conseguimos ver o museu porque já era tarde. Mas a lojinha, eu vou falar viu! Fiquei igual criança em loja de brinquedo.

No último dia, o destino escolhido foi München (ou Munique), apesar das 5 horas de trem pra chegar lá. Infelizmente não passamos muito tempo na cidade, então tenho poucas fotos. Só uma coisa eu queria ter visto e não consegui: o Allianz Arena, aquele estádio em forma de pneu que muda de cor. Fica pra próxima. Do que eu consegui ver, aí está:


Na praça central (Marien Place), acho que é o prédio da administração municipal.


Pra variar, uma catedral. Bem alta como os alemães gostam. Essa é chamada Frauenkirche, ou catedral de nossa senhora.


Sabe que eu não lembro o nome desse...


As ruas são bonitas e agradáveis.


Mais comida típica. Essa tem um nome impronunciável (e um pouco difícil de guardar, então pode estar errado): Warme Leberkäs-Semmel. Basicamente, é peru cozido fatiado com mostarda doce num pão. Uma delícia!

Bom, essa foi uma amostra da nossa viajem super agradável na Alemanha. Eu recomendo confeir pessoalmente!

O fim da viagem à Alemanha foi o dia do meu aniversário! E a comemoração começou já na Alemanha, graças aos companheiros de viagem super gente boa. Logo cedo ao acordar já ganhei cartão de aniversário e chocolates!


Os chocolates estavam muuuito bons! Reparem na cara de sono de todo mundo.

Como não basta comemorar aniversário em um país só, a festa continuou na Itália, no jantar de natal que fizemos com um bando de estudantes despatriados. E a Dani, de tão fofa que é, comprou até bolo pra mim!


Dani, Carol e eu no jantar de natal.


E o bolo que a Dani comprou. Uma delícia! Mas o bonequinho não era de comer... ops!

No ano novo, o namorado da Carol veio do Brasil, e jantamos os quatro: o casal, a Dani e eu. Depois fomos para o lago ver os fogos. Dizem que são 20 minutos de fogos! Não cheguei a contar, mas durou bastante, e foi lindo. As fotos não ficaram tão boas, mas tá valendo.


Os fogos acompanhavam a música, e eram refletidos na água.


Ano novo no lago de Como!

Um vídeo dos fogos:


Ao fundo uma música super italiana, e algumas pessoas gritam "Auguri!", que é algo do tipo "Felicidades!" utilizado também em aniversários.


Depois dos fogos começou uma festa, com todo mundo dançando e comemorando na praça. Nós ficamos lá até umas 3h, que era o horário do ano novo no Brasil. Aí comemoramos de novo e tiramos essa foto, os quatro brasileiros.

Eu sei que esse foi longo, mas tinha muita coisa pra atualizar. E olha que ainda não falei de quando fui esquiar! Bom, fica pra próxima.

Termino com uma reflexão de ano novo que recebi de um amigo. Um homem, diante do pedido de sua filha por uma folha de papel para desenhar, lhe dá uma de rascunho. Ela responde que não, e reivindica uma folha nova, em branco. Assim ele percebe que esse novo ano é como uma folha em branco. Não existe nada escrito em suas 365 linhas, e cada uma corresponde a um dia desse novo ano. A nós é concedido escolher o que escrever, um dia de cada vez, e apenas no presente. O autor do texto, o pastor João Reinaldo Purin Jr., relembra oportunamente a oração de Moisés: "Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria." (livro dos Salmos, capítulo 90, versículo 12)

Um grande abraço. E feliz 2008!