segunda-feira, 6 de julho de 2009

O Fim

Iniciei este blog em 2007 com a intenção de relatar (e ilustrar) o desenrolar de minha vida na Europa, tanto em Como (Itália) onde estudava quanto em minhas viagens pelo continente. Assim o objetivo só seria alcançado após o fim do período de viagens, o que aconteceu há quase um ano, logo antes de voltar ao Brasil. Só agora, contudo, tenho a oportunidade de mostrar a Grande Viagem, ou Tour d'Europe, Il Giro d'Europa! Quase um mês de viagem, passando por 5 capitais e finalizando em uma ilha paradisíaca - a Sardenha.

Dessa vez não fui sozinho, acompanharam-me a Dani (que já apareceu aqui) e sua tia Tânia. Ou melhor, eu as acompanhei, já que elas haviam planejado tudo. Bem, mochilão nas costas, lanche em mãos (farofeiros de primeira!) e lá vamos nós pegar o primeiro vôo, de Milão para Amsterdã. Naturalmente compramos o vôo mais barato, portanto sairia bem cedinho e tivemos que dormir no aeroporto.


Esse era o nosso cantinho. Chegamos, comemos e dormimos. Praticamente minha casa (a essa altura eu já tinha entregado as chaves do apartamento).

Amsterdã

A primeira impressão de Amsterdã (ou Amsterdão, como dizem em Portugal) não poderia ter sido mais estereotipada: zilhões de bicicletas, canais e casas muito antigas (cheguei a ver datas do séc. XVII) que literalmente pendiam para frente e/ou para os lados.


Bicicletas e casas velhas que se inclinam.


É sério, vejam como são tortas!


Os canais às vezes me faziam lembrar de Veneza...


E ouvi tanto falar de uma tal de "Nanda" que morava num barco na novela que até tirei uma foto da bendita casa-barco.


Primeira parada turística: Museu Anne Frank (local onde ficava o Anexo Secreto durante a II Guerra)


Praça principal da cidade.


Auto-foto de grupo!


Lojinha de souvenires. Achei um sapato maior que o meu!


Passando pelo distrito da luz vermelha. Pois é, tem coisas que a gente só acredita vendo! Claro que eu não pretendo colocar uma foto das vitrines que expõem... bem, vocês sabem. A impressão que se tem é que é tudo muito normal pra eles.


Vitrines indiscretas à parte, o bairro é até simpático (também desisti de tirar uma foto da galera fumando maconha nos cafés...).


Em geral a cidade é muito bonita e muito bem cuidada.


E tem um letreiro gigante que aparece em todos os suvenires. Repararam que tem um cara pulando do "r" pro "d"? Adivinhem quem é... hehe.

A essa altura enxerguei algo que se assemelhava bastante a uma pá de moinho. Será? Decidi ir atrás da pá, esperando encontrar um moinho de verdade.


Em busca do moinho holandês - passando por belas paisagens.


Mas nem tudo lá é velho. Nesse bairro alguns prédios modernos.


Encontrei! Um verdadeiro moinho holandês (tudo bem eu confesso, hoje é só um bar).


E uma das coisas mais interessantes que vi lá, da qual nunca tinha ouvido falar. Em uma praça construíram uma obra de arte que reproduz uma cena pintada por Rembrandt: "A Ronda Noturna" (De Nachtwacht). A verossimilhança é incrível! Incluí abaixo uma imagem do tal quadro.


De Nachtwacht, de Rembrandt.


A noite foi chegando, revelando o charme da cidade.


E mais uma vez o sol se pôs sobre Amsterdã, sinalizando o fim de nossa estada ali.

A experiência foi fantástica, apesar de a esse ponto eu já não ter paciência (e $) para visitar museus, exposições, etc. Bom, o museu Van Gogh fica pra próxima. Londres, aí vamos nós!

Londres

Voamos para Londres e tudo correu bem ao entrarmos na Grã-Bretanha, com direito a passagem pela alfândega, carimbo no passaporte e troca de moeda. Realmente, não dão muita bola pra UE.

Ficamos em um albergue num quarto pra 12 pessoas. Foi tranquilo até as italianas chegarem (quanta bagunça!), e o melhor foi a cara delas quando perceberam que a Dani e eu falávamos italiano, depois de terem dito muita besteira. O albergue ficava perto do Hyde Park e foi lá que comecei a exploração.


O dia estava perfeito para um passeio no parque. E lá tinha umas cadeiras muito confortáveis! Pena que tinha que pagar pra ficar em uma. Mas até eu descobrir isso aproveitei um pouquinho.

Anexo a esse parque fica o palácio Kensington e seus jardins (Kensington Gardens), morada da realeza britânica desde o século XVII (inclusive da princesa Diana). É um palácio muito bonito, mas o que chama a atenção mesmo são os jardins muito bem cuidados.


Este é um jardim fechado, só se pode observá-lo pelas aberturas na cerca viva, de onde tirei essa foto.


Uma das famosas cabines telefônicas.


Nem preciso dizer que este é o Big Ben.


Cena caricatural de Londres. O Parlamento, o Big Ben, um ônibus vermelho de 2 andares e as nuvens se acumulando no céu anunciando a chuva que viria.


London Eye, à margem do Tâmisa.


De dentro de uma das cabines da roda gigante em um dia chuvoso, olhando para o Parlamento.


Como sou cinéfilo de carteirinha é claro que fui visitar Notting Hill. Bairro bem legal.


Elementar, meu caro Watson...


Palácio de Buckingham.


Tudo muito bem arrumado.


E bem enfeitado.


Até o happy hour tem estilo! Deve dar muito trabalho cuidar de tantas flores...


O Museu de História Natural, muito bonito!


E muito legal também.


Abbey Road Studios, onde os Beatles gravaram o álbum.


E a gente tinha que tirar uma foto imitando os Beatles atravessando a rua. Como somos muito bem informados não sabíamos nem mesmo o sentido da travessia. Que vergonha...


Muito oportuno o aviso. Quase fui atropelado algumas vezes por olhar pro lado errado.


A Tower Bridge!


E finalmente Piccadilly Circus, praticamente a Times Square londrina.

Paris

Sim, eu já tinha ido a Paris. Mas acabei retornando, aliás sem nenhuma resistência, afinal me apaixonei pela cidade. Decidi colocar só fotos que não fossem repetitivas.


Abri uma exceção para esta, porque estamos todos juntos fazendo aquela farofa em frente à Torre Eiffel.


Hôtel des Invalides (edificado por ordem de Louis XIV, em 1670). Uma espécie de museu militar, contém a tumba de Napoleão Bonaparte.


Castelo de Vincennes (séc. XII).


Paris também tem um letreiro! Só que de concreto, no bosque próximo ao castelo.


Praia em Paris: as margens do Sena em dias de verão.


Museu Pompidou (Arte Moderna), ou Centre Georges Pompidou.


E apesar de toda minha "experiência" como turista na cidade luz, ainda fiz descobertas fantásticas e inesperadas, como este parque+igreja bem no centro da cidade.


Chamado de Les Halles, é um centro comercial situado abaixo do nível da rua, com estilo moderno (e, pro meu gosto, duvidoso).


Junto ao centro comercial fica a bela igreja de São Eustáquio (Église de Saint-Eustache).


Aproveitando a companhia para tirar fotos por mim, em uma das pontes iluminadas (com direito a lua aparecendo no canto esquerdo.


E mais uma surpresa: a torre toda azul, em comemoração à ocupação pela França da presidência da União Europeia.


Pra terminar, um dia no suntuoso Palácio de Versalhes. Pena que estava nublado.


A impressão que se tem é de que foi um lugar realmente luxuoso.


Os jardins chegam a sumir de vista.


E são ainda muito bem cuidados.

E com o fim da visita a Paris fomos para Berlim.

Berlim

Uma cidade incrível. Cada passo que se dá ali é como reviver a história, sentir o passado e o peso das consequências trágicas de decisões equivocadas. Não é à toa que quase tudo o que resistiu à guerra foi transformado em memorial ou museu, uma prova de lição aprendida e repassada ao mundo. E também por essa razão ainda há muitas obras e ruínas por toda a cidade. Existe uma nítida diferença entre as partes que constituíam os lados Ocidental e Oriental, que parecem convergir para a formação de uma cidade una de forma cautelosa e gradual, numa tentativa de evitar a exaltação de um lado em detrimento do outro. Pelo menos foi essa a impressão que tive.

Como era minha primeira vez em Berlim fui direto ao ponto. Aquilo que foi o símbolo de uma cidade dividida e cuja queda, tão noticiada e celebrada, representou a reunificação da Alemanha. Por incrível que pareça tenho lembranças de telejornais da época mostrando a queda do muro, imagens que fazem parte do mito europeu construído em minha mente e cultivado ao longo dos anos com livros, filmes e histórias. Bem, havia chegado a hora de testemunhar mais um símbolo histórico:


O primeiro contato com o muro. Não existe um local específico onde todos vão para vê-lo, o que existem são pedaços espalhados, além de uma faixa no chão que demarca todo o perímetro que o muro compunha em sua extensão. Este pedaço, em particular, fica ao lado do local onde havia o hotel usado pelos nazistas para planejar/executar novas táticas de tortura e "pesquisa científica" (do tipo quanto tempo uma pessoa consegue resistir até a morte em um tanque de gelo).


Para se ter uma ideia das dimensões, olha eu encostado em um outro pedaço de muro, em local aberto e sujeito a manifestações artísticas. Pode-se observar a cena pintada no muro, representando um casal que tenta se encontrar por cima do mesmo. Muitos casais e famílias foram separados pelo muro.


Checkpoint Charlie. Um dos pontos de acesso através do muro, rigorosamente controlado, palco do tenso acontecimento conhecido como "Enfrentamento dos tanques".


Voltando aos lugares-comuns, visitando o famoso Portão de Brandemburgo (construído entre 1789-1791)


Indo para o Parlamento (prédio ao fundo), pisando sobre a faixa que marca por onde passava o muro (sim, estou no meio da rua).


A fachada do prédio do Parlamento, um local muito visitado por turistas, entre outros motivos por sua cúpula.


A cúpula é uma obra moderna que representa a democracia alemã. É de vidro, representando a transparência com que os parlamentares devem trabalhar. É acessível ao público, representando o direito do povo de testemunhar a ação de seus representantes e a construção da ordem que os rege. Além disso a cúpula provê iluminação natural ao salão interno, sugerindo um tipo de orientação inspiração aos políticos (além disso, iluminação natural é uma ótima ideia em tempos de valorização de fontes de energia limpas e cuidados com o meio-ambiente).


Uma foto lá de cima, olhando para o salão onde os parlamentares trabalham.


Este é o local do esconderijo subterrâneo de Hitler, onde ele foi encontrado morto ao fim da guerra. Não é muito divulgado para evitar que se torne local de peregrinações. Vai entender...


O Museu Antigo (Altes Museum) abriga obras da Antiguidade, na Ilha dos Museus. Construído entre 1825 e 1828 para receber a coleção de arte da família real prussiana (era chamado de Museu Real até 1845).


Ainda na Ilha, fica a Catedral de Berlim (Berliner Dom), que é na verdade uma igreja protestante.


Em frente ao museu fica o que restou do antigo Palácio da República (Palast der Republik), que servia como sede do parlamento da Alemanha Oriental (RDA), além de abrigar auditórios, restaurantes e uma pista de boliche (uma espécia de espaço de convivência). Inaugurado em 1976, seu destino foi debatido por anos até que se decidiu pela demolição, iniciada em 2006 e programada para terminar em 2009. Entre os motivos para tanto debate, a marcante associação do prédio à Alemanha socialista. Além disso concluiu-se que o edifício apresentava risco de contaminação devido à grande quantidade de amianto (asbesto) utilizada em sua construção.


Catedral de Santa Edwiges (Sankt-Hedwigs-Kathedrale), construída no séc. XVIII como a primeira igreja católica na Prússia após a Reforma, sob permissão do rei Frederick II. Dizem que foi uma tentativa de atender à demanda de uma crescente população católica (imigrante) em um país protestante. Na intenção de agradar a esta, o rei assumiu a tarefa de projetar e construir a igreja, repassando-a ao arquiteto Georg Wenzeslaus Baron von Knobelsdorff. Qual não foi a surpresa dos fiéis ao receberem uma catedral católica circular seguindo o modelo do Panteon (leia-se: arquitetura grega pagã).


O "Memorial aos Judeus Mortos da Europa" ou "Memorial do Holocausto" relembra as vítimas judias do Holocausto. Próxima ao Portão de Brandemburgo, uma área de 19.000 metros quadrados coberta com 2.711 blocos de concreto de altura variada produz a impressão de um campo de pedras, além de uma sensação de desconforto e confusão (pessoalmente, acho que parecem tumbas). Obra do arquiteto Peter Eisenman, sua construção entre abril de 2003 e dezembro de 2004 custou cerca de 25 milhões de euros.


A grande praça no centro de Berlim, Alexanderplatz, com a proeminente torre de TV, mais um símbolo dos tempos da RDA.


Já no lado outrora chamado de Ocidental, a Igreja Memorial Kaiser William é a coexistência de uma torre remanescente da igreja original (década de 1890), bombardeada em 1943, com a moderna edificação em formato hexagonal (década de 1950). A torre original foi mantida e a área sob a mesma convertida em memorial. Mais um símbolo dos horrores da guerra.



Bahn Tower (Sony Center), sede corporativa da Deutsche Bahn (cia. ferroviária nacional alemã). Localizada na Potsdamer Platz, praça completamente destruída durante a II Guerra e ignorada durante a Guerra Fria, foi então reerguida e modernizada para se tornar um ícone da nova Berlim.


E depois de tanta história, bom mesmo é relaxar e apreciar a comida alemã (ou uma cerveja, pra quem gosta) numa bela noite de verão, sentado perto do aquecedor. Pois é, verão em Berlim é assim. Imaginem como deve ser o inverno!

Agora, de volta à Itália.

Roma

Chegamos, fomos pro albergue, e tiramos um cochilo. Quando finalmente conseguimos sair já era noite, mas isso não nos impediu de ir dar uma espiada pela cidade. Começando pelo Coliseu!


Coliseu à noite, visto do parque que fica do lado (Parco di Traiano).


Praça de São Pedro, no Vaticano (ao fundo a Basílica de São Pedro).


O Panteão (Pantheon), templo construído para todos os deuses da Roma Antiga e reconstruído no século II DC. Tem sido usado como igreja católica desde o século VII, hoje chamada de Santa Maria Rotonda.


Basílica de Sant'Agnese in Agona, na Piazza Navona, ao lado do Palácio Pamphili (sede da Embaixada Brasileira na Itália).


Ainda na Piazza Navona: Tre Scalini, um dos melhores sorvetes de Roma...


...e os artistas que usam a praça como ateliê.


O Moisés (1515), escultura em mármore de Michelangelo, localizada na igreja de San Pietro in Vincoli (São Pedro acorrentado).


Forum e Mercado de Trajano (Foro e Mercati di Traiano), complexo de ruínas que datam de 100-110 DC, muito bem preservadas.


Monumento Nacional a Vittorio Emanuele II (conhecido como Vittoriano), dedicado a Vittorio Emanuele Il di Savoia (primeiro rei da Itália). É literalmente monumental, de dimensões absurdas (reparem nas pessoas à frente do monumento para fins de comparação), completamente feito de mármore. Compreende o Altar da Pátria (Altare della Patria) e contém majestosas escadarias, além de uma escultura equestre enorme do tal Vittorio e duas estátuas da deusa Vitória em quádrigas. Após a I Guerra mundial foi construída a Tumba do Soldado Desconhecido, com uma chama eterna. A base da estrutura abriga o museu da Reunificação Italiana.


Rampa que leva à Piazza del Campidoglio (projetada por Michelangelo), no topo da colina do Capitólio, umas das famosas sete colinas de Roma. Ao fundo o Palazzo Senatorio, onde fica hoje a prefeitura.


Centro histórico. O apóstolo Paulo passou por aqui...


Está escrito no pórtico dessa igreja: "Prisão dos santíssimos apóstolos Pedro e Paulo". Mas não sei se é verdade nem se faz sentido.


E finalmente, depois de muita caminhada, ruínas e monumentos, consegui chegar ao Coliseu! Esse era o grande objetivo. Mas, não consegui parar por aí e continuei a exploração...


Igreja de São Gregório Magno (Chiesa di San Gregorio Magno), do séc. XVII.


A Boca da Verdade, imagem em mármore. Acredita-se que tenha sido parte de uma fonte na Roma Antiga no século I, retratando um deus pagão. Desde a Idade Média acredita-se que quem contasse uma mentira com a mão na boca da imagem teria sua mão arrancada pela "mordida" da pedra. Então tá... De qualquer jeito, a imagem foi colocada na entrada da igreja Santa Maria in Cosmedin no Século XVII.


O Rio Tibre (Tevere, em italiano), visto da ponte Palatino.


Ilha Tiberina, Ponte Cestio e as barracas da feira que se instala nas margens do rio no verão.


Um pôr-do-sol realmente surpreendente ao longo do rio.


Uma das pontes ao anoitecer. Rumo ao Vaticano.


Vaticano à noite (Via della Conciliazione, sentido Piazza San Pietro). Ao fundo, a Basílica de São Pedro.


Voltando para o albergue, parada pra foto (e sorvete) na Fonte de Trevi.


Mas Roma não é só um monte de ruínas e monumentos e sorveterias fantásticas. Conseguimos achar até uma praia, distante cerca de uma hora de trem. Com o dia assim, não deu pra resistir. Foi ótimo!

O último dia na praia foi uma excelente ideia, e o bom é que já fui me preparando para a próxima parada: Sardenha. Um dos destinos que eu mais esperava ver no fim das contas, porque ainda estava à procura de uma praia daquelas que só se vê na televisão.

Sardenha

Uma ilha no mar Mediterrâneo a algumas horas de Roma (umas 7 horas). Na verdade o barco sai de Civitavecchia, o porto mais próximo (cerca de 1 hora de trem).


No barco rumo ao desconhecido. Muita expectativa!


Finalmente, a praia dos sonhos! Mar azul, areia branca e, acima de tudo, olha que organização! Nada de farofa por aqui.


Sério mesmo, eu sempre quis ver uma praia assim. E para completar, eu estava de hóspede na casa de uma amiga, portanto não precisava gastar nem uma pestana de preocupação com dinheiro, comida, etc. Ô, vidão!


É um lugar muito lindo. Do alto dessa colina dá pra ver a sombra dos barcos (e pessoas) no fundo do mar.


E do outro lado da ilha, as praias mais selvagens, mais parecidas com o que a gente tem por aqui.


Tinha até um farol, de onde se podia observar um pôr-do-sol sensacional.


Mais um pôr-do-sol no paraíso anunciava o fim dos meus dias na Europa.

Depois disso voltei pra Como por uns 2 dias até o meu vôo de volta. Agora, quase um ano depois, sinto muita saudade. Mas sei que aproveitei cada segundo, e de fato cada segundo foi infinitamente significativo.
Um ano no exterior, longe de qualquer conhecido, realizando grandes sonhos e vivendo muitas aventuras. Sei que corri alguns riscos e que algumas vezes estive suscetível a acidentes e outros perigos. Esquiei, voei, pulei, escalei, e não sofri sequer um arranhão, nunca precisei ir ao hospital ou tomar algum remédio. Acima de tudo, sei que isso tudo não seria possível simplesmente por meu esforço e apoio dos meus pais (que foi fundamental). O sucesso dessa empreitada dependeu unicamente de um cuidado especial e meticuloso por parte daquele que tem o controle de tudo. Deus, o todo-poderoso, que em toda Sua glória ainda nos ama o suficiente para realizar nossos sonhos e conduzir nosso caminho. Um Deus tão pessoal que aproveitou cada momento para me ajudar a entendê-Lo melhor, conhecê-Lo mais, como se Ele mesmo tivesse planejado tudo desde o início da minha vida, como se esses sonhos fossem mais Seus do que meus. Como se Ele fosse capaz de tudo para me fazer entender Seu amor, a ponto de abrir mão até de sua divindade para se aproximar de uma humanidade imperfeita. Jesus, Deus conosco, o sacrifício perfeito e definitivo. Por Ele meus meus pecados são perdoados por Ele posso me aproximar de Deus, sentir Seu infinito amor e cuidado. Não há relacionamento melhor do este.
Sei que tenho muito que aprender e que Ele continua me dando sonhos. Mal posso esperar pelo que ainda virá. Será que vai caber num blog? Aos que conseguiram chegar até aqui, os meus mais sinceros agradecimentos e desejos de que encontrem a felicidade, como eu.
Um grande abraço!